O RPM transforma-se no maior vendedor da indústria fonográfica nacional até então.
Logo depois dos primeiros shows de divulgação, o RPM fecha contrato com o megaempresário Manoel Poladian, que procurava uma banda do então em ascensão rock brasileiro para o seu elenco de artistas platinados de MPB.
Num espetáculo no Noites Cariocas, Ney Matogrosso viu o show e gostou bastante. Falou do RPM ao empresário Manoel Poladian, que marcou uma reunião com todos.
O maior sucesso de vendas de discos, shows e tudo o que o RPM fazia. Mais de 2,5 milhões de discos vendidos, 300 shows por todo o Brasil, um Globo Repórter só da banda, Chico e Caetano, Chacrinha e muito mais. Todas as músicas do disco fizeram sucesso, mesmo as regravadas do seu primeiro disco como: "Revoluções Por Minuto", "Rádio Pirata", "A Cruz e a Espada", "Olhar 43" e "Estação do Inferno".
Poladian propôs que Ney dirigisse o grupo e novo show estreou no teatro Bandeirantes, São Paulo, em setembro de 1985. O trabalho de Ney foi logo percebido pelos meninos do RPM, ele mexeu nas luzes, o palco, cenário, puxou o Fernando que ficava mais parado e recolocou-me no palco, mexendo na minha performance que, às vezes era muito descontrolada.
Ele ensinou a gente a ver o show como um longa-metragem, com momentos, climas.
Frisou a necessidade de ter um número calmo para contrabalancear com a pauleira de grande parte das nossas músicas, diz Paulo Ricardo.
Ele ensinou a gente a ver o show como um longa-metragem, com momentos, climas.
Frisou a necessidade de ter um número calmo para contrabalancear com a pauleira de grande parte das nossas músicas, diz Paulo Ricardo.
Os costumeiros palcos das danceterias são trocados por uma megaprodução, luz e direção, canhões de raio laser e multidões espremidas em ginásios e estádios.
O LP Revoluções Por Minuto deveria vender aproximadamente 20 mil cópias para que o retorno da gravadora fosse bom. Pouco mais de um ano depois do seu lançamento o LP já havia vendido cerca de 300 mil cópias e arrebatou um disco de ouro e outro de platina.
Foi nesta época que o RPM começava a figurar entre os maiores grupos de rock brasileiro, somente o Ultraje a Rigor e os Paralamas do Sucesso haviam conseguido tão bom índice de vendas e aceitação.
Sem “futuros hits” na manga e para manter a banda em alta, Poladian, músicos e gravadora aproveitavam as gravações “piratas” dos shows que pipocam nas FMs de todo o país.
Logo após os shows no maracanãzinho o RPM anunciou mais um passo ousado, seu segundo disco seria gravado ao vivo, durante apresentações no Palácio das Convenções do Anhembi. O produtor seria o calejado Mazola, a mixagem seria feita em Los Angeles. Vale lembrar que o show do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, ficou lotado durante dois fins-de-semana seguidos, ultrapassando o recorde da casa, antes nas mãos do "rei" Roberto Carlos.
Gravado durante dois shows no Palácio das Convenções do Anhembi, São Paulo, nos dias 26 e 27 de maio de 1986, o disco trouxe quase as mesmas músicas do primeiro disco, incluindo "London London" e "Flores Astrais", um dos sucessos de Caetano Veloso e de Ney Matogrosso, quando ainda participava do grupo Secos e Molhados respectivamente. Mais duas músicas inéditas entraram no disco: "Alvorada Voraz" (Paulo Ricardo/Luiz Schiavon/Paulo P.A. Pagni) e "Naja" (Paulo Ricardo/ Luiz Schiavon).
O LP foi lançado em julho de 1986, com a ajuda dos preços congelados do Plano Cruzado, 500 mil cópias são vendidas antecipadamente. As vendas de Rádio Pirata Ao Vivo disparam e chegam a 2,2 milhões de exemplares. O RPM transforma-se no maior vendedor da indústria fonográfica nacional até então.
À esta altura, Paulo Ricardo já é sex-symbol: estampa diversas capas de revistas (sobre música e semanários), enlouqece garotas histéricas, passa a cantar somente com os ombros de fora e ainda aparece dando selinho em Caetano Veloso em programa na Rede Globo. O sucesso é tanto que o RPM emplaca rapidamente uma seqüência de hits no rádio.
O maior sucesso de vendas de discos, shows e tudo o que o RPM fazia. Mais de 2,5 milhões de discos vendidos, 300 shows por todo o Brasil, um Globo Repórter só da banda, Chico e Caetano, Chacrinha e muito mais. Todas as músicas do disco fizeram sucesso, mesmo as regravadas do seu primeiro disco como: "Revoluções Por Minuto", "Rádio Pirata", "A Cruz e a Espada", "Olhar 43" e "Estação do Inferno".
No que diz respeito a estrutura que o RPM tinha para os shows, era uma das melhores. Contando com 60 toneladas de som, 260 refletores, vários canhões de luz e raio laser, que vão na frente em duas carretas. A banda dispunha de um ônibus Diplomata, com televisão, vídeo, som, geladeira, uma pequena sala e bancos que viram camas. Eles ainda contavam com um secretário, seguranças e um camareiro.
Veja o Globo Reporter da epoca: