Entrevista Exclusiva com Paulo Ricardo

Estamos totalmente dedicados ao RPM, vem aį um novo DVD, Elektra Dokumenta, e um EP com quatro canções inéditas.



Paulo Ricardo fala em entrevista para o jornalista Felipe Muniz do jornal O Estado, sobre carreira e o como encarar ser considerado um sex-symbol.

Confira a entrevista!

O Estado – Para você, quais os três momentos mais inesquecíveis da história do grupo RPM?

Paulo Ricardo – Nosso primeiro ensaio, o big bang, onde sentimos que havia uma química muito forte entre nós. O cd, dvd e turnê MTV RPM 2002, que provou que apesar de tudo ainda tínhamos aquela química, e nossa última apresentação no BBB 14, fechando um ciclo.

O Estado – Você foi um dos pioneiros do rock nacional, líder de uma das maiores bandas do país, vendeu milhões de LP’s, Cd’s, milhares de shows… Você acha que o rock brasileiro evoluiu desde o surgimento do RPM até hoje? Quais as referências atuais da sua banda, que ajudam a continuar mantendo a “juventude” do som feito por vocês? Quais bandas da nova geração que você escuta, admira?



Paulo Ricardo – Sim, o rock evoluiu em alguns pontos e involuiu em outros. Mas isso também aconteceu com o rock internacional. Ele não é mais tão relevante, neste momento, quanto já foi. Quanto às referências, elas continuam fundamentalmente as mesmas, apenas demos um “update”. O grande desafio é se renovar mantendo-se fiel ao seu estilo. Quanto à nova geração, citaria o Vanguart, bem interessante. Gosto também do Mombojó.

O Estado – O Paulo Ricardo também teve vários anos de experimentações, com a carreira solo, e também vendeu muitos discos cantando músicas românticas. Pensa em lançar um novo CD desse gênero, ou um novo álbum de inéditas da banda RPM?

Paulo Ricardo – Estamos totalmente dedicados ao RPM, e vem aį um novo DVD, Elektra Dokumenta, mostrando de uma forma contemporânea estes quase três anos da turnê, e um EP com quatro canções inéditas, além de “Primavera Tropical”, que já está na internet.

O Estado – Desde os anos 80 você é eleito pelo público feminino como um dos cantores mais bonitos da música brasileira. Como é encarar esse título de sex-symbol? Ainda sofre assédio de fãs mais “exaltadas”? Qual a maior loucur5a que você já passou com uma fã?

Paulo Ricardo – O elemento sexual está na performance, nas canções, no rock em si. O assédio é consequência de um trabalho bem feito, com paixão, verdade e intensidade. E hoje, a grande loucura é estarmos cultivando toda uma nova geração de fãs, filhas daquelas fãs dos anos 80. Muito louco…

O Estado – Ter estudado jornalismo ajudou você a enfrentar as críticas? Já enfrentou alguma “perseguição” de revistas de fofoca, papparazzi ou invasão de privacidade na sua vida pessoal? Como você analisa o jornalismo eletrônico feito hoje e o da época em que você era colunista de uma revista?

Paulo Ricardo – Hoje há toda uma cultura de celebridades que não havia, não nessa dimensão, quando começamos. Até o final dos anos 90, quando ainda morava no Rio (hoje moro em São Paulo), podia-se caminhar tranquilo pelas ruas do Leblon. Mas essa exposição também depende da postura do artista. Sem dúvida, hoje há que se ter mais cuidado. Com câmeras nos celulares, todo mundo é um potencial paparazzo.


Fonte: www.deeprodutora.com.br