O mesmo olhar 43. Entrevista com Paulo Ricardo
Ídolo de uma geração inteira, o eterno vocalista da lendária banda RPM, Paulo Ricardo bateu um papo com o Zine Cultural sobre o novo cenário do rock nacional, carreira e seus próximos planos.Confira:
Você é um dos pioneiros do rock nacional. Como você avalia o cenário esse cenário? E o que você anda escutando da nova geração?
Paulo Ricardo: Como jurado do Superstar fiquei surpreso com a quantidade, qualidade e diversidade de novas bandas. Hoje há uma cena indie muito forte, íntegra, e que já levou ao grande público uma galera super competente como Scalene, Supercombo e Scambo, minhas favoritas.
Participar de um reality show onde você tem contato com novos nomes da música brasileira influencia de alguma forma no seu trabalho?
Participar de um reality show onde você tem contato com novos nomes da música brasileira influencia de alguma forma no seu trabalho?
Paulo Ricardo: Sim, é como se eu estivesse dirigindo com um enorme horizonte a minha frente, numa estrada bem sinalizada. Ainda que não me influencie diretamente, me ajuda a escolher o melhor caminho. Acho importante não perdermos a conexão com o novo, sobretudo num gênero tão ligado à renovação e à juventude quanto o pop rock.
Sua carreira começou quando a divulgação de um novo trabalho era mais limitada, logo só os melhores se sobressaiam. Hoje, com a internet como arma de divulgação, o que acha dessa relação de quantidade x qualidade na música?
Paulo Ricardo: O maior ganho da revolução digital foi a liberdade. Minha geração dependia totalmente de uma grande gravadora. Mas ao mesmo tempo estávamos cercados de bons profissionais que não nos deixavam perder o foco. Por mais cínico que isso possa parecer, as pessoas têm que entender que existe a música e existe a indústria da música. Equilibrar qualidade, ousadia e sucesso comercial não é nada fácil. Com a internet você faz o que quiser e joga na rede. Se isso vai fazer sucesso, é outra história. Mas muita gente faz música sem pretensões, o que é saudável, libertador e pode surpreender.
Paulo Ricardo: O maior ganho da revolução digital foi a liberdade. Minha geração dependia totalmente de uma grande gravadora. Mas ao mesmo tempo estávamos cercados de bons profissionais que não nos deixavam perder o foco. Por mais cínico que isso possa parecer, as pessoas têm que entender que existe a música e existe a indústria da música. Equilibrar qualidade, ousadia e sucesso comercial não é nada fácil. Com a internet você faz o que quiser e joga na rede. Se isso vai fazer sucesso, é outra história. Mas muita gente faz música sem pretensões, o que é saudável, libertador e pode surpreender.
Quais são seus próximos passos na carreira?
Paulo Ricardo: Estou lançando um CD de músicas inéditas, "Novo Álbum", e o primeiro single, "Isabela", já está tocando em todo Brasil. Na sequência virá a turnê "Novo Show". Além disso continuo com meu quadro Video Som no Vídeo Show. E ano que vem tem mais Superstar!
Fonte: Zinecultural