Atualmente, você acha que as pessoas te reconhecem mais pela sua música no "BBB" e seu trabalho como jurado no programa "Superstar" do que como vocalista do RPM?
O que eu vejo são os pais totalmente eufóricos e os filhos adolescentes com aquela cara: "Pô, quem é esse cara?". Até que o pai diz para ele: "É o cara da música do BBB". E aí os jovens respondem: "Ahhhh". Isso é mais uma prova de que a gente não pode se acomodar. O RPM, pelo tempo de carreira, tem essa tendência a se acomodar porque é confortável a posição que ocupamos. Mas eu tenho muita música composta que quero lançar. Ao mesmo tempo não tenho essa vaidade de ocupar todos os espaços a qualquer preço.Com esse disco, eu começo um trabalho do zero. Não tenho o desconforto de não estar dialogando com os jovens porque eu não quero forçar uma barra. Tem que vir naturalmente. Eu estou tranquilo porque esses dois programas que você citou, a minha presença é pequena. No "BBB" é só a música de abertura, embora o Pedro Bial sempre diga meu nome. No "Superstar" só teve uma temporada e ficou no ar por três meses. O importante é eu aparecer bem. Eu estou aqui com a humildade de um artista novo para conquistar um novo público.
Fonte: http://musica.uol.com.br/noticias/redacao/2016/03/30/fiz-sucesso-ate-chegar-na-bregolandia-diz-paulo-ricardo-sobre-anos-90.htm#fotoNav=1