Paulo Ricardo 'Acho que RPM é pra sempre'

Grupo ícone dos anos 80 segue em alta após idas e vindas. Maior intervalo durou 12 anos: 'E as pessoas continuavam querendo a gente', lembra Paulo Ricardo.




Em 30 anos de RPM, não dá nem para contar quantas "Revoluções Por Minuto" a banda ícone dos anos 80 coleciona através de suas músicas. Os fãs certamente têm todas cravadas na memória. Ao longo dessas três décadas, o grupo passou por diversas idas e vindas, que deram início a outro grande sucesso: a carreira solo de Paulo Ricardo. Um sucesso, porém, não descartou o outro, para o alívio dos fãs que tatuaram a RPM no coração. Os fãs, aliás, foram um dos principais motivos que reuniram o vocalista com a banda novamente, após 12 anos separados, como explica Paulo.

"A primeira parada foi de 1989 a 2001. E mesmo depois de 12 anos separados, ainda tinha o desejo do público, as pessoas continuavam querendo a gente", relembra o jurado. Com tanta história na bagagem, não é difícil entender que, agora, é esse o sentimento de Paulo Ricardo: "Acho que RPM é para sempre".

Paulo explica como equilibra a carreira solo com o grupo, comenta o último CD solo, 'O Novo Álbum', e fala sobre um DVD inédito que pode sair do forno a qualquer momento, que surgiu de uma bela parceria com Toquinho:

Como você faz para distinguir o que é trabalho da RPM e o que é trabalho da sua carreira solo?
A gente vai compondo, e as canções vão se adequando melhor para um ou para outro. Acho que RPM tem uma característica muito marcante das minhas parcerias com (Luiz) Schiavon. Eu não paro de compor. Algumas canções vão fugindo um pouco do estilo RPM, então, elas vão ficando naturalmente guardadas para um momento de carreira solo. E a carreira solo se encaixa em uma respiração natural do trabalho da banda.

A RPM está com algum trabalho no momento?
"Nós, na verdade, não temos tudo planejado com muita antecedência. Nós fizemos um CD em 2011, o 'Elektra', fizemos a turnê e começamos a fazer outro CD em 2014. Mas o Schiavon teve um pequeno acidente de carro, então, o trabalho parou um pouco no meio. Como eu já estava no pique de estúdio, queria seguir naquele ritmo de terminar as músicas e tal. Acabei fazendo um disco solo que coincide com uma desaceleração natural da turnê da banda, que já tem um tempo. Eu estou engrenando a turnê solo do meu novo trabalho, 'O Novo Álbum', e as coisas vão correndo em paralelo. Com organização e planejamento, tudo dá certo".

Como surgiu a parceria com Toquinho?
"Foi em 2010, quando fizemos um CD 'Toquinho e Paulo Ricardo cantam Vinícius'. Gravei um DVD com ele, que ainda está inédito. Gostaria de lançar esse DVD com um show, mas a gente não tem tanta pressa, porque são canções do Vinícius, clássicas, eternas, nunca vão ficar velhas".

Você começou a produzir seu novo CD logo em seguida...

"Eu estava louco para gravar e lançar músicas novas. Foi numa hora muito boa, botei meu filho Luiz Eduardo na capa, tem uma música para minha filha Isabella, e foi logo depois que nasceu a Diana. Lancei ‘O Novo Álbum’ em abril de 2016. São músicas mais pessoais. Fazer uma música para a minha filha, por exemplo, não é muito uma coisa de banda".

RPM e suas pausas
"A gente tem mais de 30 anos de carreira, então, a gente tem necessidade de dar umas paradas, dar uma diversificada. Fernando Deluqui também está lançando um trabalho solo, ele adora. PA (Paulo Antônio) participa de umas duas ou três bandas diferentes, produz também. Schiavon tem os hobbies dele, adora carros antigos, vive mergulhado nesse mundo. É uma coisa natural quando se tem muito tempo de banda".

Fonte: http://gshow.globo.com/Musica/noticia/2016/06/paulo-ricardo-conta-por-que-mantem-carreira-solo-e-banda-acho-que-rpm-e-pra-sempre.html