Cantor, líder do RPM e jurado do SuperStar, fala sobre a carreira, sucesso, assédio nos anos 80 e vida pessoal.
Galã dos anos 80 e pai de quatro filhos, Paulo Ricardo garante que não é mais um conquistador: "Saio do estúdio direto para as fraldas"
Hoje, maduro, casado há quatro anos com a empresária Gabriela Verdeja, 37 anos, pai de quatro filhos (Paola, 28, Isabela, quatro, Luis Eduardo, dois, e Diana, quatro meses), o galã não rejeita o status de símbolo sexual. Mas afirma que está em outra fase.
— Eu encaro até como respeito em relação ao meu trabalho. Mas acho que assédio é uma espécie de programa da Discovery Channel, né? Quando o macho está acasalando e a fêmea no cio, por exemplo, creio que eles exalam aqueles hormônios. Quando você está aberto a isso, as pessoas notam. Mas estou em uma fase voltada totalmente para a família — afirma o músico.
"Vou do estúdio para as fraldas"
Por telefone, o astro conversou por mais de uma hora com o Diário Gaúcho e falou sobre BBB, SuperStar e sua rotina de pai, marido e cantor.
Diário Gaúcho — Como é conciliar a rotina de pai de família com as de músico e jurado dos realities?
Paulo Ricardo — Vou do estúdio para as fraldas, direto (risos). É necessário disciplina e organização, o imprevisto está muito presente na minha vida, cada dia estou em um lugar diferente. E ainda é preciso pique para estar com eles, tem que estar bem fisicamente. Além de não sair muito à noite, priorizo a família. Muitas vezes, quero correr pra casa para ficar com eles, vê-los aprendendo coisas novas, isso não tem preço.
Diário — Qual a sensação de ser o responsável pela música de abertura do Big Brother Brasil desde a primeira edição?
Paulo Ricardo — Tivemos sorte em voltar à ativa depois de 12 anos separados. Em 2001, a gente já estava no processo de voltar. E tivemos o privilégio de ter a trilha de um dos maiores sucessos dos últimos anos da tevê, o BBB é um fenômeno de audiência. O tema veio da Endemol (empresa holandesa detentora dos direitos do programa), mas tive a liberdade de fazer a letra e o arranjo.
Claro que sofro críticas, por tabela, por estar associado ao programa, mas é como se fosse um tema do James Bond, está sempre ali. Tenho o maior orgulho de fazer parte disso, tanto que me dediquei a mudar os arranjos para esta edição do programa, de fazer algo pop, que atraia esse pessoal de 19, 20 anos e que eles ouçam como uma coisa atual, ficou mais pop. Já fiz shows no BBB, a energia é incrível.
Diário — Tu assiste ao programa?
Paulo — Claro, minha mulher também assiste, adora. Como a gente tem pay per view (pacote de tevê pago), acaba sendo BBB o dia inteiro (risos).
Diário — E a experiência como jurado do SuperStar? Como foi o primeiro ano e qual a expectativa para a próxima temporada?
Paulo — Me sinto à vontade. Antes do RPM, trabalhei como jornalista de música durante quatro anos, cursei Jornalismo da Universidade de São Paulo (Usp) no início dos anos 1980, mas não concluí. Na época, fazia aquelas biografias de artistas em fotos enormes (uma febre da época). Fiz do Kiss, Led Zeppelin, Black Sabath. Então, eu já tinha uma experiência, um olhar crítico.
E apesar de a gente ser meio protagonista do programa, é uma posição mais cômoda, pois, naturalmente, apareceram mais bandas de rock, que ficavam comigo. E fiquei muito surpreso com o alto nível dos grupos. Ah, e tem a Fernanda Lima, ela deixa todo mundo à vontade, além de ser linda.