Entrevista com Dioy Pallone (RPM)
Fonte:FCR
Nas últimas semanas, a notícia do retorno da banda RPM deixou muitos fãs ansiosos. Mais uma vez, a banda fez uma Revolução. Sua volta sem o primeiro vocalista, Paulo Ricardo, trouxe muita curiosidade aos fãs. Quem será o novo baixista e vocalista?São-Carlense, nascido no dia mundial do Rock, ainda na casa dos 30 anos, o selecionado foi Dioy Pallone
.
Dioy teve, como seu primeiro instrumento, o piano e aos 13 anos já tinha sua banda de garagem. Fã do Kiss, assistia com o pai e o tio videoclipes no programa “Som Pop” da TV Cultura.
Em 2001 fundou a banda Carrão de Gás, com o qual viajou o Brasil dividindo o palco com renomadas bandas nacionais divulgando seu trabalho autoral, até um hiato em 2011.
A página Revolucionários conversou com ele nessa semana. Gentil e muito disposto, Dioy respondeu algumas perguntas.
Segue a entrevista e uma mensagem do nosso novo RPM para os fãs.
RFC- Como começou a sua relação com o RPM? Lembra-se da primeira vez que ouviu um som dessa banda?
DP- Acho que como toda a maioria de minha geração, pelo rádio. Teve uma época, em meados de 1986, que quase a cada dez músicas tocadas, três eram do RPM. O "Radio Pirata Ao Vivo" estourou! Na sequencia, ganhei o disco no natal de 1986. Já curtia rock, tinha bastante coisa do Kiss (minha banda favorita). O disco do RPM foi meu primeiro LP que não fosse do Kiss (risos). Adorava o disco. A sonoridade me atraía bastante. Não que eu sacasse exatamente nos termos, afinal era só uma criança, mas percebia que aquilo soava "gringo". Parecia com as coisas que eu gostava. Não tinha tido nada de rock nacional até então, não gostava da sonoridade "pequena" em sua maioria. Hoje gosto de muitas bandas nacionais e entendo o porquê daquele som plastificado. O RPM não soava pequeno de jeito nenhum, nunca. Era refinado, enérgico, horas sombrio. Vanguardista e caprichoso. Sem falar que as meninas piravam na banda, o que era ótimo!
RFC- Qual influência teve o RPM em seus trabalhos anteriores?
DP- "Sofri uma influencia coletiva, de uma série de coisas, bandas, artistas. Claro que o RPM está nesse mix. Impossível não estar, porque considero a maior banda de rock daquela geração. Sou totalmente "anos oitenta". Amo a sonoridade datada e a criatividade dessa década. A verdadeira década dourada da música pop mundial. Acho uma droga como alguns tratam de diminuir a década, justamente dizendo que é datada, brega ou pretensiosa demais. Acho triste quando artistas da ocasião participam dessa depreciação. Claro que há coisas ruins, como em qualquer geração, e entendo que alguns tenham vergonha de seu passado (às vezes fazem por merecer, realmente). Mas a riqueza das produções, quando bem feitas, e o nível das canções em sua maioria são ainda insuperáveis pra mim. Nada justifica a pichação. Muita gente consumiu essa geração que forjou caráter. O próprio público merece essa consideração mais respeitosa, menos vexatória. "
RFC- Como aconteceu o convite para entrar na banda?
DP- "Conheci o Nando em meados dos anos 2000. Minha antiga banda tocava regularmente na noite paulistana, e em uma delas, tive o imenso prazer de conhecê-lo. Uma amiga em comum, Márcia Stival, que na época trabalhava conosco na acessória de imprensa nos apresentou. Foi uma noite incrível, fizemos uma Jam Session, baita astral. Desde então, nunca perdemos contato. Rolou uma empatia imediata.
Mas, agora no inicio do ano, convidei o Nando pra fazer um show comigo em São Carlos. Foi o estopim. Falávamos (eu, na verdade), que o RPM era grande e necessário demais para o cenário do rock nacional e que deveria fazer algo, urgente. Não podia estar parado, era um pecado mortal (risos). Só não imaginava por nada que seria parte disso de alguma forma (risos)."
RFC- Qual a sensação de estar ao lado de Luiz Schiavon, Fernando Deluqui no palco e a expectativa para logo mais tocar com o PA Pagni?
DP- "Sinto-me ótimo, em casa. Uma sensação muito doida, falo sempre pros caras. Parece que sempre estive ali, sei lá, de alguma forma. Há uma química e uma afinidade. O clima está ótimo. A energia está no máximo. A banda soa incrível. Queremos isso nessa nova fase, dar ênfase ao coletivo, a banda, principal foco. Ainda é só o inicio. Uma honra sem tamanho, a maior em minha vida musical. Tive alguns momentos bacanas, mas estou na plenitude da felicidade. Sem falar no prazer em trabalhar com caras tão legais, amáveis, profissionais e monstruosamente talentosos. Vou aprender muito. A propósito, já estive em estúdio com o PA, um cara incrível. Está cuidando da saúde pra voltar às baquetas 200%. Precisamos muito dele, em ponto de bala!"
RFC- No show em Ilhabela notamos que alguns versos da Alvorada Voraz foram alterados. Foram de sua autoria esses versos atualizados?
DP- "Sim, pouco antes de tocar a música pela primeira vez, fiz a alteração, ou atualização, dos versos. Bem rapidamente. Fiz uma breve pesquisa dos escândalos políticos atuais (mais de 200 em 10 anos). Nem pedi permissão, simplesmente fiz e cantei (risos). Acabando a execução, olhei pro Nando e Luiz e: "Desculpe. Tudo bem?". Eles: "Parece legal, toca o pau". Então, "OK". Sem maiores delongas (risos)."
RFC- Além de baixo e vocal, você também será um dos compositores do RPM?
DP- “Sim, quero contribuir de todas as formas possíveis. Isso não é uma preocupação. O que importa é que vamos fazer nosso melhor em prol do RPM.
Tem muito material sendo selecionado, coisa boa."
RFC- Carrão de Gás continuará na ativa paralelamente ao RPM?
DP- "Não. A agenda do RPM e outros compromissos que tenho, além da família, me ocupam totalmente. Quero dar foco total ao RPM."
RFC - Deixe um recado para os fãs do RPM.
DP- "Primeiramente, obrigado pelo acolhimento. Muito especial pra mim o apoio de vocês. Sinto que faço parte de uma bela, gigante e prospera "Família RPM". Faremos de tudo para que todos ou, a maioria, saiam satisfeitos dos shows e curtam a nova fase que se inicia. Não venho para ocupar o lugar de ninguém. Venho pra fazer parte de um time gigante, com principal objetivo de fazer com que ele jogue da melhor forma possível. Darei todo meu coração e minha emoção pelo seu melhor. Olho no legado, muito respeito pelo passado, e pernas pro futuro! Beijos, abraços e Rock On!"
Nós, Revolucionários Fã Clube, estamos muito felizes de você estar fazendo parte dessa história! Desejamos muito sucesso nesse novo momento da sua carreira. Temos certeza que será fantástica!
Seja bem vindo Dioy Pallone, Novo integrante do RPM!
Fonte: https://www.facebook.com/fcrpm/photos/a.385465161597380.1073741828.373097509500812/1363025983841288/?type=3&theater
Dioy teve, como seu primeiro instrumento, o piano e aos 13 anos já tinha sua banda de garagem. Fã do Kiss, assistia com o pai e o tio videoclipes no programa “Som Pop” da TV Cultura.
Em 2001 fundou a banda Carrão de Gás, com o qual viajou o Brasil dividindo o palco com renomadas bandas nacionais divulgando seu trabalho autoral, até um hiato em 2011.
A página Revolucionários conversou com ele nessa semana. Gentil e muito disposto, Dioy respondeu algumas perguntas.
Segue a entrevista e uma mensagem do nosso novo RPM para os fãs.
RFC- Como começou a sua relação com o RPM? Lembra-se da primeira vez que ouviu um som dessa banda?
DP- Acho que como toda a maioria de minha geração, pelo rádio. Teve uma época, em meados de 1986, que quase a cada dez músicas tocadas, três eram do RPM. O "Radio Pirata Ao Vivo" estourou! Na sequencia, ganhei o disco no natal de 1986. Já curtia rock, tinha bastante coisa do Kiss (minha banda favorita). O disco do RPM foi meu primeiro LP que não fosse do Kiss (risos). Adorava o disco. A sonoridade me atraía bastante. Não que eu sacasse exatamente nos termos, afinal era só uma criança, mas percebia que aquilo soava "gringo". Parecia com as coisas que eu gostava. Não tinha tido nada de rock nacional até então, não gostava da sonoridade "pequena" em sua maioria. Hoje gosto de muitas bandas nacionais e entendo o porquê daquele som plastificado. O RPM não soava pequeno de jeito nenhum, nunca. Era refinado, enérgico, horas sombrio. Vanguardista e caprichoso. Sem falar que as meninas piravam na banda, o que era ótimo!
RFC- Qual influência teve o RPM em seus trabalhos anteriores?
DP- "Sofri uma influencia coletiva, de uma série de coisas, bandas, artistas. Claro que o RPM está nesse mix. Impossível não estar, porque considero a maior banda de rock daquela geração. Sou totalmente "anos oitenta". Amo a sonoridade datada e a criatividade dessa década. A verdadeira década dourada da música pop mundial. Acho uma droga como alguns tratam de diminuir a década, justamente dizendo que é datada, brega ou pretensiosa demais. Acho triste quando artistas da ocasião participam dessa depreciação. Claro que há coisas ruins, como em qualquer geração, e entendo que alguns tenham vergonha de seu passado (às vezes fazem por merecer, realmente). Mas a riqueza das produções, quando bem feitas, e o nível das canções em sua maioria são ainda insuperáveis pra mim. Nada justifica a pichação. Muita gente consumiu essa geração que forjou caráter. O próprio público merece essa consideração mais respeitosa, menos vexatória. "
RFC- Como aconteceu o convite para entrar na banda?
DP- "Conheci o Nando em meados dos anos 2000. Minha antiga banda tocava regularmente na noite paulistana, e em uma delas, tive o imenso prazer de conhecê-lo. Uma amiga em comum, Márcia Stival, que na época trabalhava conosco na acessória de imprensa nos apresentou. Foi uma noite incrível, fizemos uma Jam Session, baita astral. Desde então, nunca perdemos contato. Rolou uma empatia imediata.
Mas, agora no inicio do ano, convidei o Nando pra fazer um show comigo em São Carlos. Foi o estopim. Falávamos (eu, na verdade), que o RPM era grande e necessário demais para o cenário do rock nacional e que deveria fazer algo, urgente. Não podia estar parado, era um pecado mortal (risos). Só não imaginava por nada que seria parte disso de alguma forma (risos)."
RFC- Qual a sensação de estar ao lado de Luiz Schiavon, Fernando Deluqui no palco e a expectativa para logo mais tocar com o PA Pagni?
DP- "Sinto-me ótimo, em casa. Uma sensação muito doida, falo sempre pros caras. Parece que sempre estive ali, sei lá, de alguma forma. Há uma química e uma afinidade. O clima está ótimo. A energia está no máximo. A banda soa incrível. Queremos isso nessa nova fase, dar ênfase ao coletivo, a banda, principal foco. Ainda é só o inicio. Uma honra sem tamanho, a maior em minha vida musical. Tive alguns momentos bacanas, mas estou na plenitude da felicidade. Sem falar no prazer em trabalhar com caras tão legais, amáveis, profissionais e monstruosamente talentosos. Vou aprender muito. A propósito, já estive em estúdio com o PA, um cara incrível. Está cuidando da saúde pra voltar às baquetas 200%. Precisamos muito dele, em ponto de bala!"
RFC- No show em Ilhabela notamos que alguns versos da Alvorada Voraz foram alterados. Foram de sua autoria esses versos atualizados?
DP- "Sim, pouco antes de tocar a música pela primeira vez, fiz a alteração, ou atualização, dos versos. Bem rapidamente. Fiz uma breve pesquisa dos escândalos políticos atuais (mais de 200 em 10 anos). Nem pedi permissão, simplesmente fiz e cantei (risos). Acabando a execução, olhei pro Nando e Luiz e: "Desculpe. Tudo bem?". Eles: "Parece legal, toca o pau". Então, "OK". Sem maiores delongas (risos)."
RFC- Além de baixo e vocal, você também será um dos compositores do RPM?
DP- “Sim, quero contribuir de todas as formas possíveis. Isso não é uma preocupação. O que importa é que vamos fazer nosso melhor em prol do RPM.
Tem muito material sendo selecionado, coisa boa."
RFC- Carrão de Gás continuará na ativa paralelamente ao RPM?
DP- "Não. A agenda do RPM e outros compromissos que tenho, além da família, me ocupam totalmente. Quero dar foco total ao RPM."
RFC - Deixe um recado para os fãs do RPM.
DP- "Primeiramente, obrigado pelo acolhimento. Muito especial pra mim o apoio de vocês. Sinto que faço parte de uma bela, gigante e prospera "Família RPM". Faremos de tudo para que todos ou, a maioria, saiam satisfeitos dos shows e curtam a nova fase que se inicia. Não venho para ocupar o lugar de ninguém. Venho pra fazer parte de um time gigante, com principal objetivo de fazer com que ele jogue da melhor forma possível. Darei todo meu coração e minha emoção pelo seu melhor. Olho no legado, muito respeito pelo passado, e pernas pro futuro! Beijos, abraços e Rock On!"
Nós, Revolucionários Fã Clube, estamos muito felizes de você estar fazendo parte dessa história! Desejamos muito sucesso nesse novo momento da sua carreira. Temos certeza que será fantástica!
Seja bem vindo Dioy Pallone, Novo integrante do RPM!
Fonte: https://www.facebook.com/fcrpm/photos/a.385465161597380.1073741828.373097509500812/1363025983841288/?type=3&theater