O FIM DO RPM (DE NOVO!?!) BIZZ, Março de 1989.
Depois de ter se transformado na banda de rock nacional mais bem-sucedida de todos os tempos, o RPM chegou a ensaiar uma separação - pouco antes do lançamento do LP RPM, de 88.
Agora, porém, o grupo parece decidido a encerrar suas atividades - pelo menos até 1990, quando prometem retornar, com um disco novo, turnês etc.
Até lá, porém, eles fazem um "intervalo", como definiu Paulo Ricardo, em conversa telefônica com BIZZ. Segundo ele, o trabalho pessoal de cada um estava gordo demais para caber dentro do RPM.
Assim, o intervalo servirá para que cada um trabalhe em seus projetos particulares em 89. Paulo sai em disco solo, levando consigo Fernando Deluqui, seu parceiro nas últimas composições. Fernando Deluqui explicou como foi formada a nova dupla. "Temos afinidades musicais. Gostamos de blues, Rolling Stones, o mesmo tipo de som. E os quatro não estão na mesma barca." A dupla trabalhará sozinha no estúdio, gravando o LP que deve ficar pronto em junho.
Quanto a P.A. e Schiavon, preparam também seus trabalhos individuais - iniciados, na verdade, na época da primeira separação. Em seu disco solo, P.A. será o vocalista e letrista, além de procurar parcerias, como Kiko Zambianchi. Não está descartada a participação de Deluqui e Schiavon. Já o ex-tecladista do RPM procura parceiros para as letras - Cazuza está sendo cogitado - e deixa os vocais de seu LP a cargo de P.A.
Por ora, os ex-integrantes do Repemê preferem não adiantar nomes de músicos que poderão acompanhá-los em turnê. "Estamos trabalhando em fases. Primeiro o LP, depois pensamos em show", declarou Schiavon.