¿Quais são as músicas RPM mais ouvidas no Spotify?
O rock viveu o boom no Brasil na década de 80, infelizmente hoje está relegado a um determinado segmento de pessoas. Os jovens que carregaram essas bandeiras, hoje optam principalmente por outros estilos musicais.
Isso significa que as grandes bandas de rock nacionais estão longe dos primeiros lugares no ranking das mais ouvidas nas diferentes plataformas.
Por exemplo, RPM tem uma média mensal de pouco mais de 566.000 ouvintes, Paulo Ricardo em sua carreira solo quase 400.000 por mês.
Entre as bandas de rock dos anos 80, Legião Urbana tem mais de 2.767.900, Capital Inicial 1.633.743 e Barao Vermelho 1.541.099 ouvintes mensais.
Esse fenômeno é visto em todo o mundo, perdendo espaço para outros ritmos musicais, principalmente entre os jovens.
Dos anos 60 ao início dos 90, o rock foi para os jovens a forma de se expressar, com seu discurso de rebelião e oposição ao mundo adulto, à autoridade (trabalhista, policial), aos políticos e ao sistema.
A nível mundial, o rock surgiu como uma revolução geracional, um movimento juvenil, que serviu de suporte identitário para alguns jovens, virá a eles se identificarem e se diferenciarem de um "outro" - o rock foi definido pelo que rejeitou, e aquela rebelião dos filhos contra os pais foi dirigida contra o sistema.
Mas quais são as razões para que a identificação com os mais novos não exista mais?
Na verdade, são muitos os motivos, a realidade é que as grandes referências do rock ainda são as mesmas bandas há mais de 20 anos, e os novos grupos não encontraram os mesmos espaços.
É natural que os mais novos não se reflitam em roqueiros que hoje têm entre 50 ou 60 anos, por isso escolhem outros tipos de artistas, mais jovens e com uma linguagem mais próxima.
No underground continuam surgindo bandas de rock muito boas, mas não geram aquela massificação que as bandas dos anos 80 ou atualmente têm artistas da universidade sertanejo, funk, trap, etc.