Você se lembra do álbum Zum Zum da banda PR5?
O grupo foi lançado resultante da cisão do RPM, lança em 2004 o álbum "Zum Zum"; dissidentes formam o trio LSD
Materia do lançamento do disco.
"Crédito, o seu problema é crédito." Quando canta isso à frente do PR5, o músico Paulo Ricardo, parece estar condensando numa só frase 20 anos de trajetória acidentada, do RPM à carreira solo, dessa à volta do RPM, de nova dissolução à estréia como líder do novo PR.5.
A volta do RPM ao trabalho inédito, após um disco memorialista para a MTV em 2002, foi ceifada quando Paulo quis trazer para o grupo a produção jovem e pós-eletrônica do duo alagoano Sonic Jr., de Juninho, , e Paulinho Pessoa.
Desmentem-no Schiavon e Deluqui, que em reação ao PR.5 criaram um novo trio, LSD (o L se refere a Lazza, músico que se integrou à dupla Schiavon-Deluqui).
"Paulo foi impedido por liminar de usar os nomes RPM, "Rádio Pirata" e "Revoluções por Minuto", para qualquer fim, sob pena de multa de R$ 50 mil a cada vez que o fizer", diz Deluqui. "Estou resolvido quanto a essa questão, não tenho mais nada contra ele."
"Ele recorreu dessa decisão, buscando derrubar a liminar que garantiu a proteção da marca. Mas o juiz não acatou o recurso e manteve a decisão", completa Schiavon, denotando cicatrizes em mais uma ruptura da banda.
Volta Paulo Ricardo: "Poderia comprar a briga e tenho certeza que em última instância eu e [o baterista] Paulo Pagni venceríamos. Mas a briga se arrastaria, como foi Roger Waters com o Pink Floyd. Concordo com Fernando e Luiz, não éramos mais RPM".
De seu lado permaneceu Pagni, que tenta atuar como contemporizador. "Não tenho nada contra os caras, quero mais que eles se dêem bem. Só acho que podíamos resolver isso em casa", diz o músico, que saiu do gigantismo do RPM para grupos underground (e jovens) de SP, voltou ao RPM e hoje se alista no projeto independente de Paulo Ricardo.
A independência e a adesão de músicos mais jovens demonstram a hibridez deste momento, como descreve PR: "A nova banda nos libera da expectativa e do compromisso associados à imagem de "dinossauros do rock".
Paulinho Pessoa adiciona dose de realismo à mesma inflexão: "Por mais que o Sonic faça um trabalho legal, é uma banda totalmente independente na proposta comercial. Nossos shows são espaçados, temos tempo de sobra para trabalhar com o PR.5".
O PR.5 se completa com Yann Lao (ex-Metrô) e Jax Molina (ex-DeFalla). E Paulo Ricardo rege o caldeirão, ainda e sempre à procura de crédito e credibilidade.
ZUM ZUM - Álbum do PR.5. Lançamento: Bola 8 (distribuição Som Livre).
A volta do RPM ao trabalho inédito, após um disco memorialista para a MTV em 2002, foi ceifada quando Paulo quis trazer para o grupo a produção jovem e pós-eletrônica do duo alagoano Sonic Jr., de Juninho, , e Paulinho Pessoa.
O RPM original se viu cindido em dois, com a recusa do tecladista Luiz Schiavon, e do guitarrista Fernando Deluqui, em acompanhar a "modernização" que o Sonic Jr. traria.
"Deixamos de ser RPM, passamos a ser uma banda nova, em termos estéticos.
O PR.5 é fruto, nesse sentido, de uma banda que não resistiu ao tempo", diz Paulo Ricardo, justificando ter abdicado da marca RPM -algo que chegou a afirmar que não faria.
Desmentem-no Schiavon e Deluqui, que em reação ao PR.5 criaram um novo trio, LSD (o L se refere a Lazza, músico que se integrou à dupla Schiavon-Deluqui).
"Paulo foi impedido por liminar de usar os nomes RPM, "Rádio Pirata" e "Revoluções por Minuto", para qualquer fim, sob pena de multa de R$ 50 mil a cada vez que o fizer", diz Deluqui. "Estou resolvido quanto a essa questão, não tenho mais nada contra ele."
"Ele recorreu dessa decisão, buscando derrubar a liminar que garantiu a proteção da marca. Mas o juiz não acatou o recurso e manteve a decisão", completa Schiavon, denotando cicatrizes em mais uma ruptura da banda.
Volta Paulo Ricardo: "Poderia comprar a briga e tenho certeza que em última instância eu e [o baterista] Paulo Pagni venceríamos. Mas a briga se arrastaria, como foi Roger Waters com o Pink Floyd. Concordo com Fernando e Luiz, não éramos mais RPM".
De seu lado permaneceu Pagni, que tenta atuar como contemporizador. "Não tenho nada contra os caras, quero mais que eles se dêem bem. Só acho que podíamos resolver isso em casa", diz o músico, que saiu do gigantismo do RPM para grupos underground (e jovens) de SP, voltou ao RPM e hoje se alista no projeto independente de Paulo Ricardo.
A independência e a adesão de músicos mais jovens demonstram a hibridez deste momento, como descreve PR: "A nova banda nos libera da expectativa e do compromisso associados à imagem de "dinossauros do rock".
É uma banda nova, com uma proposta nova". Os Sonic Jr. se afirmam felizes com a experiência e sem medo de serem deglutidos pelo dinossauro. "Não há choque, é o novo se juntando com a galera mais velha", diz Juninho, que diz que ouvia mais MPB na época do boom do rock nacional.
Paulinho Pessoa adiciona dose de realismo à mesma inflexão: "Por mais que o Sonic faça um trabalho legal, é uma banda totalmente independente na proposta comercial. Nossos shows são espaçados, temos tempo de sobra para trabalhar com o PR.5".
O PR.5 se completa com Yann Lao (ex-Metrô) e Jax Molina (ex-DeFalla). E Paulo Ricardo rege o caldeirão, ainda e sempre à procura de crédito e credibilidade.
ZUM ZUM - Álbum do PR.5. Lançamento: Bola 8 (distribuição Som Livre).
fonte:https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq0906200419.htm