O RPM, tem trabalhos que foram gravados pela banda, mas nunca lançados.

O RPM, tem trabalhos que foram gravados pela banda, mas nunca lançados.


Hoje, você vai conhecer algums desses trabalhos, fique aqui, e saiba mais sobre essa história.

O RPM lançou oficialmente 6 álbuns, sem contar as compilações, que viriam depois.

O disco Revoluções Por Minuto de 1985, o Rádio Pirata ao vivo de 1986, o RPM Milton parceria com Milton Nascimento de 1987, o Quatro Coiotes de 1988, o RPM MTV de 2002, e por ultimo, o album Elektra, de 2011.

O que você não sabe, é que existem outros trabalhos engavetados, dos quais existem gravações, mas nunca foram lançados.

Hoje vamos contar ¿quais são esses trabalhos?, e mostraremos algumas dessas gravações.

Celebridade de 2004.

Após o retorno com o trabalho RPM MTV 2002, que posicionou a banda novamente no mercado, havia grandes expectativas sobre a continuidade do grupo.

Mas em 2004 ocorre uma nova separação, os novos rumos da banda e os direitos da marca ocasionaram a separação. Mais a banda gravou algumas demos em estúdio, 6 delas voce assiste no video.

Um fato curioso é que essas músicas fizeram parte das duas bandas, que se formaram a partir da separação do RPM. LSD formado por Luiz Schiavon e Fernando Deluqui, e PR5, formado por Paulo Ricardo e Paulo Pagni.

Em alguns casos, a mesma demo foi usada por ambas as bandas, em músicas diferentes.
Por exemplo a música “Medo” foi gravada pelo LSD, e “Onde Há Fumaça, Há Fogo”, foi gravada pelo PR5, o mesmo acontece com as canções “Uma qualquer” e “Música Comercial”.

Tal vez a melhor das demos, seja "Celebridade", que seria musica da novela da Globo, "Celebridade", que fez grande sucesso entre outubro de 2003, e junho de 2004.
Como o novo álbum não foi lançado, e a banda se separou, não fez parte da trilha sonora.

Paulo Ricardo usou as demos de "Terra Brasilis", "Musica Comercial", "Credito" e "Onde há fumaça", para o álbum Zum Zum em 2004, e a demo "Do sexo e do Poder", viria a ser a música, "Raio X", no álbum de 2016.

Apesar de serem demos, algumas versões gravadas pelo RPM, ficaram melhores do que as posteriormente gravadas, como é o caso, de “Crédito”.
Embora não tenham feito muito sucesso na época, ambos são trabalhos muito bons.

Deus ex machina 2015.

Este seria, o último álbum da banda, o trabalho que viria depois do Elektra, como se sabe a banda entrou em estúdio em 2015, junto com Lucas Silveira, que seria o produtor.
Esse trabalho é o que desperta maior interesse ate hoje, por parte dos fãs.
Após 5 anos com a mesma turnê Elektra, os fãs esperavam que o próximo álbum fosse mais rock , e tudo parecia que assim seria. Esperava-se que Lucas Silveira como produtor, pudesse trazer novas influências e modernidade ao som da banda.

Quando a banda começou a gravar, Luiz Schiavon sofreu um pequeno problema de saúde, que o impediu de estar presente. Como sabemos, Luiz Schiavon sempre comandou o som da banda com seus teclados, mas por não estar presente, o álbum começou a tomar um rumo, mais pesado.

Certa vez o crítico musical Jamari França escreveu, Paulo Ricardo me falou que tinha vetado um disco pronto do RPM, porque eram velhos se comportando como adolescentes. Paulo também me disse que o disco Elektra, lançado na quarta volta da banda, tinha sido um equívoco por ser muito dançante.

Paulo Ricardo & RPM volume 2.

Este álbum teria o nome de Nocturno, para ser lançado entre 1994 e 1995, seria uma continuidade do disco Paulo Ricardo & RPM de 1993.
Dentro das músicas que iriam fazer parte do álbum, está “Construção”, música de Chico Buarque, a banda apresentou essa musica no programa “Estilhaços Urbanos”, da Tv Cultura.

A qualidade dessas demos, não é das melhores, mas dá para perceber nas letras e na música, que poderia ter sido um ótimo trabalho também.

Algumas dessas demos, foram posteriormente reutilizadas, por Paulo Ricardo e Fernando Deluqui. Paulo Ricardo, transformou a demo "Religião" na musica "Tempo de espera", e a demo "Demônios" em "Raio X" em 2016.

Outra das demos é Luciana, música que Paulo Ricardo fez, para sua companheira na época, Luciana Vendramini. Paulo Ricardo e Luciana se casaram e ficaram juntos por mais de 8 anos, eles se conheceram através de um amigo em comum, o Marcelo Rubens Paiva na década de 80.

DVD Elektra

Para somar a esta lista de trabalhos engavetados, temos o dvd elektra que foi anunciado mais nunca lançado. Filmado em 2014 em Santa Bárbara, não convenceu os integrantes da banda.
No dia anterior ao show quando o palco foi montado, ficou de costas para a praça, e não de frente. Foi gravado da mesma forma, mas depois na edição, a obra não convenceu Paulo Ricardo, que vetou o trabaho, e decidiu não lançá-lo.

O filme de 1987.

No estilo do filme dos Beatles, RPM teria seu próprio filme em 1987.
Este seria produzido por Luis Carlos Barreto, e dirigido por Sergio Rezende, o roteiro estava sendo escrito com ajuda do Marcelo Rubens Paiva. Paulo Ricardo falou que “Já havíamos começado a ensaiar, Raul Cortez representaria o empresário da banda, e Fernanda Torres seria a mocinha”. Mas por problemas de relacionamento e o péssimo negócio que foi a gravadora RPM discos, o projeto foi cancelado.
No livro Revelacoes por Minuto de Marcelo Leite de Moraes, conta que:
"Houve um projeto do RPM que nem chegou a sair do papel. Trata-se do filme É melhor viver ou Hoje é dia de rock"

O elenco contava com grandes estrelas da televisão e do teatro brasileiro, como como Raul Cortes e Fernanda Torres. Raul Cortez seria o empresário que cuidaria dos interesses da banda e usaria os shows para cobrir um caixa dois, trafico de drogas e outras falcatruas. "Nos recomendamos o Raul Cortez para o papel de empresário, mas existía tambem a possibilidade de ser o Lima Duarte", recorda Luiz.

Trabalho em espanhol.

Após o sucesso da banda em 1986, foi proposto que o RPM, lançasse um álbum em espanhol. A gravadora propôs que fosse em espanhol, para poder se expandir pelo mercado latino. Mais o Paulo, queria fazer um disco em inglês.

No livro do RPM se fala desse trabalho.
“Segundo Luiz, a turnê no Peru poderia ser a porta de entrada para a carreira internacional, mas não foi"
Uma das brigas entre Paulo Ricardo e Luiz Schiavon teve relação com a incursão no mercado internacional. Paulo Ricardo queria um disco em inglês, e Luiz era favorável à gravação de um disco em espanhol. Poderia ter sido um caminho interessante e seguir a fórmula vitoriosa da banda argentina Soda Stereo.

Esses projetos não foram realizados, ja que a banda decidiu se separar em 1989, após o album "Quatro Coiotes"

Anos depois Paulo Ricardo com o trabalho Paulo Ricardo & RPM, lançou o álbum com sua versão em espanhol, lançado para o mercado latino, destaque para a música “Perla”

O RPM teve longos hiatos em suas carreiras, por isso não tem o volume de trabalho, que uma banda desse porte merece, mas ao mesmo tempo, tem trabalhos que foram gravados e nunca lançados, o que pode engrossar, o legado do grupo.

Esperamos que um día, alguns desses projetos, possam vir à tona.