PR5, projeto indie de Paulo Ricardo.

PR5, projeto indie de Paulo Ricardo, que no palco era uma porrada de rock.


O PR5 foi fruto do fim do RPM em 2003, que colocou de um lado Paulo Ricardo e Paulo Pagni, que formaram a banda PR ponto 5, e do outro Luiz Schiavon e Fernando Delúqui, que formaram a banda LSD.


O PR ponto 5, que mais tarde seria chamado simplesmente de PR5, começou a se formar antes do fim do RPM em 2003. Paulo Ricardo queria modernizar o som da banda e chamou os integrantes do Sonic Junior, para ajudar na produção do novo álbum.

Luiz Schiavon e Fernando Deluqui, os outros integrantes do RPM, se opuseram a essa modernização, com o fim da banda, foram convidados um novo tecladista e um novo guitarrista.

Já em 2004 a nova banda começou a trabalhar, com um conjunto de músicos excepcionais, que acompanham Paulo Ricardo neste novo projecto.

Na primeira formação a banda é composta por: Baixo e voz, Paulo Ricardo, a bateria de Paulo Pagni, os dois, ex-RPM, a guitarra de Jax Molina,ex-De Falla, os teclados de Yann Lao, ex-Metrô, de Paulinho Pessoa, também na guitarra, e a percussão de Juninho, os dois do Sonic Junior.

Quando questionado sobre o porquê do nome PR PONTO 5, Paulo Ricardo respondeu.

“Tem bandas que tem nomes e letras, e nenhuma banda tinha colocado ponto, que é uma alusão à internet, é mais moderno, é Paulo Ricardo mais 5”.

Após vários meses de trabalho, nos primeiros meses de 2004 a banda lançou seu primeiro álbum de forma independente, através de uma gravadora própria, chamada "Bola 8".

O álbum se chamava ZUM ZUM, produzido por Paulo Ricardo, Paulinho Pessoa e Juninho Pessoa da banda Sonic Junior, e distribuído para todo o país através da "Som Livre".

Colaborou na produção e mixagem, o produtor Apollo 9, o álbum foi gravado nos estúdios YB e teve a direção artística do Rui Mendes.

A banda PR5 traduz o conceito de urbanidade contemporánea, que incorpora elementos de pop rock, música brasileira, eletrônica, samba, funk e hip hop, numa simbiose única e ousada.

Paulo Ricardo falava na época, que o "Zum Zum", tem influências e experiências, que resultaram num som que, tem a energia do pop rock, somada ao suíngue e à sensualidade da música brasileira.

Apesar de não contar com o apoio de uma grande gravadora, Paulo Ricardo contou com o apoio da TV Globo. Em 2005 a emissora lhe pediu uma nova versão, mais rock, do tema de abertura do programa de maior sucesso da televisão no país, o “Big Brother Brasil”.

A nova versão feita pelo PR5, da música Vida Real, foi um grande sucesso, e um dos pontos fortes em cada show que a banda fez.

Além disso, a música “Eu quero te levar”, foi incluída na trilha sonora da novela, “Como ua onda”, que também obteve sucesso pela difusão da novela.

O álbum Zum Zum tem 14 Faixas, 11 inéditas e três versões, a música Zum Zum, Terra Brasílis" e música comercial" tiveram uma versão diferente da original.

A maioria das composições são de Paulo Ricardo, com exceção da faixa 7, “Miss Ness” que é de Jorge Ben Jor, e a faixa 11 Zum Zum, que pertence a Kao Rosman.

O resultado final é que o disco soa leve, no bom sentido da palavra.
Ao mesmo tempo em que afasta a marca do som do RPM, também não descamba para uma sonoridade mais, digamos, popular, quando o assunto são as baladas.

O PR5 consegue soar coeso, mesmo misturando todos os elementos, dos loops ao berimbau.

Este é um grande trabalho, onde Paulo Ricardo mostrou sua versatilidade como músico, ao tentar fazer algo totalmente novo, mas devemos lembrar também que em 2007, em entrevista à folha de São Paulo, ele reconheceu que foi um erro forçar uma mudança na sonoridade do RPM.
Na época ele falou, Não da para o RPM não ser classic rock, o fã iría dizer que o RPM estaba traindo o RPM. Ninguém que saber de shows dos Stones com Drum and bass, nem de Coca Cola verde. Esta foi uma das várias razões pelas quais o RPM se separou em 2003.

PR5 fez centenas de shows pelo país, Estados Unidos e também Japão, esteve em dezenas de programas de televisão, e sua música chegou a milhões de brasileiros através do Big Brother Brasil.

A banda mais tarde teria uma nova formação, e seria banda de apoio do Paulo Ricardo em seus futuros trabalhos, como “Acoústic live” e o álbum “Prisma”, que foi indicado ao Grammy Latino.

A banda chegaria ao fim no final de 2010, com a volta do RPM.

Se voce quer conhecer a história completa do fim do RPM em 2003, deixamos aqui e na descrição, o vídeo que explica detalhadamente esta história, tambem deixamos o vídeo que conta a história do LSD, a banda do Schiavon e do Delúqui.