A verdade sobre o álbum “Deus ex machina”, que foi gravado e não lançado.

O album Deus ex machina gravado junto com Lucas Silveira do Fresno.



Após o álbum Elektra, os fãs esperavam que o RPM lançasse um novo álbum de estúdio, para dar continuidade à carreira, assim como os integrantes da banda haviam anunciado.

Com o cancelamento do DVD gravado em 2013, e do respectivo CD ao vivo, que contaria com três músicas inéditas, o novo álbum posicionaria novamente a banda no mercado.

Lembremos que o álbum Elektra não foi o trabalho que os fãs esperavam, e segundo Jamari França na época, Paulo Ricardo havia dito a ele que esse álbum era um erro, porque era muito eletrônico.

Em entrevistas, Paulo Ricardo anunciou este novo álbum como aquele que os fãs pediam, com letras mais politizadas, um trabalho mais voltado para o rock.
Nessa linha, a banda havia lançado uma música inédita em 2013, chamada Primavera Tropical, embora não faça parte de nenhum álbum, foi lançada oficialmente através do YouTube, e em suas redes sociais. Primavera Tropical, talvez nos desse uma pequena antecedência sobre a linha musical que a banda poderia trabalhar daqui para frente.

O nome do novo álbum já nos deu uma indicação do que estava acontecendo com a banda naquela época, lembremos que “Deus ex machina” é uma expressão em latim, que se refere a uma técnica dramática em que um problema insolúvel na trama de uma peça, foi resolvido repentina e inesperadamente pela intervenção de um deus.

Paulo Ricardo em nota para a Folha de São Paulo, afirmou que o nome faz referência a problemas que a banda teve neste ano, que foram brigas externas, envolvendo advogados e empresários.

Em nota para a revista Época do site, Globo ponto com, Paulo Ricardo afirmou:

“Mas tivemos problemas jurídicos e financeiros, envolvendo pessoas que trabalhavam com a gente. Ficou difícil direcionar a cabeça para nosso lado criativo, focamos em resolver essas questões", afirma. Então, o que falta para o RPM voltar? "Mostramos o que tínhamos pronto para algumas pessoas e as opiniões ficaram divididas. Erramos a mão. Estamos repensando nossa volta, mas, sim, ela vai acontecer".
Paulo Ricardo não foi o único a fazer declarações sobre este trabalho.

Segundo Delúqui, o ex guitarrista da banda, o clima no estúdio não estava tão bom assim. "Foi um período confuso", disse. "Não entrou nenhuma música minha no disco 'Elektra' (2011) e eu tinha canções que gostaria que entrassem no novo álbum. Mas eles não quiseram", lembrou....

As músicas que Delúqui quis incluir neste álbum e foram rejeitadas por Luiz Schiavon e Paulo Ricardo, fizeram parte do álbum Nau, de 2014.

Em entrevista à revista Nordeste, o RPM deu mais informações sobre o álbum.

A previsão é que seja em abril. O álbum está quase concluído. A produção do show está sendo feita paralelamente ao CD. Paulo Ricardo pôs voz em janeiro e agora é fazer a mixagem e terminar alguns detalhes como capa, encarte, preparar o clipe e lançar a primeira música junto com a turnê. Deus ex-machina é um nome curioso, uma expressão em latim que significa uma solução mirabolante, uma solução inesperada. E isso tem a ver com a história da banda. Ninguém esperava que o RPM sobrevivesse a tantas hecatombes. Acho que Deus está do nosso lado. Pelo menos o Deus ex-machina.

Também foi dito que Raio X seria o primeiro trabalho musical.